Se definir, é se limitar. É a tentativa de fechar o grande parêntese em aberto que vivemos até o final dos nossos dias. Se limitar, é se privar. É "dizer não" para a liberdade - coisa mais buscada no mundo, que anda lado a lado com a felicidade. É a tentativa de por um ponto final, onde poderia ser reticências, simbolizando uma continuação sem fim, que nos permite imaginar como o amanhã será. Não precisamos colocar pontos finais ao terminarmos relacionamentos, afinal, eles foram uma parte da nossa vida e quem sabe, não voltem a ser? Nunca se sabe... Por que não colocamos uma vírgula? Dói menos. Finais são tristes e vírgulas podem ser uma pausa, um "até logo"... Deixemos os pontos para cada fim de parágrafo, para cada final de texto... Mas para a vida? Uma eterna reticências...
Eu me questiono o que está no título deste texto todos os dias. Claro, a resposta ainda não existe. Friso o "ainda", pois espero que ela chegue até o fim da minha vida. Mas, na verdade, será que um dia ela vai existir? Acredito que é importante pensar a respeito disso e refletir sobre os motivos que nos impedem de conquistar a felicidade plena ou mesmo de enxergar e viver pequenos e alegres momentos — leiam-se aqui frações de segundos em que comemos a nossa comida preferida ou conversamos com os nossos melhores amigos. Se pararmos para pensar, isso por si só já é tudo que precisamos. Afinal, estamos acompanhados de pessoas importantes e queridas e podemos aproveitar o hambúrguer que tanto amamos junto com elas. O problema é que nós complicamos a vida. Somos ambiciosos e queremos sempre mais. No fim, nos contentamos com o que não temos em vez de celebrar as nossas conquistas da forma que elas merecem. Em resumo: estamos a todos os momentos atrás da felicidade plena e deixamo...
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