À procura de mim mesma, cruzei um mar de pessoas vazias, tentando encontrar-se também. Nos perdemos juntas na imensidão da vida e tornamo-nos prisioneiras das nossas ilusões.
Num engarrafamento de pessoas apressadas, correndo de um lado para outro, com guarda-chuvas coloridos e floridos, avistei um senhor isolado com uma sombrinha preta. Aproximei-me sem saber o que perguntaria. Precisava agir sobre aquele impulso e não seguir o roteiro que eu mesma criara. "Não importa se você se perder no caminho", assegurou-me o senhor Destino. "Isso faz parte da jornada de toda e qualquer pessoa", disse.
Um pouco mais tranquila, ou iludida, o que quer que fosse, senti um alívio. Sozinha ou com meu novo melhor amigo, chamado Destino, seguiria todo e qualquer possível sonho que eu tivesse. Afinal, isso faz parte... E perder-se no caminho, também...
Eu me questiono o que está no título deste texto todos os dias. Claro, a resposta ainda não existe. Friso o "ainda", pois espero que ela chegue até o fim da minha vida. Mas, na verdade, será que um dia ela vai existir? Acredito que é importante pensar a respeito disso e refletir sobre os motivos que nos impedem de conquistar a felicidade plena ou mesmo de enxergar e viver pequenos e alegres momentos — leiam-se aqui frações de segundos em que comemos a nossa comida preferida ou conversamos com os nossos melhores amigos. Se pararmos para pensar, isso por si só já é tudo que precisamos. Afinal, estamos acompanhados de pessoas importantes e queridas e podemos aproveitar o hambúrguer que tanto amamos junto com elas. O problema é que nós complicamos a vida. Somos ambiciosos e queremos sempre mais. No fim, nos contentamos com o que não temos em vez de celebrar as nossas conquistas da forma que elas merecem. Em resumo: estamos a todos os momentos atrás da felicidade plena e deixamo...
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