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Mostrando postagens de maio, 2015

Entre o tudo e o nada, eu escolhi você

Ele era especial. Nós éramos, - ou poderíamos ter sido. Nossos defeitos complementavam-se e aquilo fascinava-nos. Passávamos horas conversando sobre a vida... Era fácil perder-me entre o tudo e o nada que ele representava.  Por sorte, depois de muitas confusões, a amizade prevaleceu. Num misto de emoções, tudo poderia ter dado errado, porém ela quis persistir... Ou nós quisemos. Qualquer que tenha sido a razão, investimos no outro, pois sabíamos que valíamos a pena. Éramos únicos, assim como os amigos e amores que perdemos...

Meu primeiro poema

Escrevi prévias de um final, Virei o personagem principal, Troquei um choro por um riso, E uma lágrima por um sorriso. Peguei meus versos soltos, Aqueles novos, recém feitos, Juntei com os velhos E fiz um poema. Recitei para o meu amor, Cantei com os olhos, Sorri com paixão, E gracejei com adoração. (outubro de 2014)

Máquina do Tempo

Fiz uma viagem no tempo e voltei para o passado. Retornei ao meu local de origem, de onde nunca deveria ter partido. Encontrei pessoas que abandonei ou que desistiram de mim. Abracei o amor e a felicidade na sua forma mais simples de ser, pois tinha descoberto o meu porto seguro. Sentia-me mais madura, porém exatamente como antes. Havia crescido, mas sem deixar para trás a criança que vivia em mim. Mudei minhas ideologias, mas continuei com os mesmos valores. Percebi que tinha crescido com os meus erros e aprendido cada vez mais. Porém, ao mesmo tempo, consegui perder-me em pensamentos e ilusões, a ponto de não saber mais o que sou.  Tenho tentado buscar-me através de lembranças que resgato diariamente. Quando encontro-me nas falhas do passado, percebo o quanto cresci. Mas, infelizmente, não o suficiente para saber muito sobre mim... 

Protagonistas do amor

Idealizamos o amor, porque temos medo de ficar sozinhos. Mas, acima de tudo, fazemos isso para preencher um vazio interior. Mesmo que encontremos alguém, ele dificilmente será preenchido. É característico do ser humano. Buscamos alguém com certas características para nos complementar. Desejamos um amor que nos faça sentir amados. Queremos uma companhia para amanhecer e para acima de tudo, sermos nós mesmos.  Imaginamos alguém quase inseparável, que saiba respeitar nosso espaço e privacidade. Queremos ter um amor de cinema, milhares de beijos de tirar o fôlego e inúmeras oportunidades para repeti-los. Pedir para sermos os protagonistas de nossas histórias (amorosas) é muito?

Mar de dúvidas

E quem será, A dona do teu coração? Poderia ser uma ilusão, Aceitava o que fosse, Só queria teu sobrenome. Viveria num mar de dúvidas, Apenas para ser o teu porto seguro. Pensaria no passado e no futuro, Nas nossas idas e vindas Passadas e presentes... Ah! Nós éramos diferentes.

A Protagonista

Somos os maiores vilões das nossas vidas. Nossos medos nos impedem de fazer o que queremos. Nos privamos de viver, por medo de errar, de sentir, de tentar. Vivemos amedrontados, assustados com a ideia que tudo termine (mal).  Apenas nós podemos resolver o mistério que vive dentro dos nossos interiores. O problema é quando nem imaginamos qual é ele. Não sabemos como enfrentar este vilão que muda de ideias e planos constantemente. Temos apenas a certeza de que precisamos ser salvos, antes que seja tarde. A vontade de sermos os super-heróis das nossas vidas nos impulsiona para frente. O medo de descobrirmos que os vilões sempre estiveram em nós, nos faz hesitar nos avanços diários. Quero me encontrar. Quero ser a heroína da minha história. Quero protagonizá-la. Quero ser A Protagonista.

A fraqueza é tanta...

Chamam-me de fria e insensível. Realmente, demonstrar emoções não é minha maior qualidade. Sinto em silêncio e choro por causa de um querido amor não correspondido. A cada dia torno-me uma atriz melhor. Finjo sentimentos e principalmente não me importar. Morri por dentro mais de mil vezes e continuei vivendo por fora.  Sou bobinha e tímida quando o assunto é amor. Simplesmente não sei reagir. Essa palavra provoca-me cócegas na barriga e uma confusão mental. As cãibras aumentam junto da possibilidade de cair expondo-me falando sobre o que sinto.  A fraqueza é tanta... 

20.07.2013

E se eu voltasse? Você investiria em mim? Estaria comigo em todos os momentos em que me sentisse nervosa? Seria meu patrocinador? Ajudaria-me a ser melhor versão de mim mesma? Apoiaria-me após cada tombo e derrota? Assistiria minhas vitórias diárias? Veria minhas superações e ficaria mais feliz do que qualquer coisa?  Seria meu conselheiro?  Teria orgulho de ser minha maior inspiração? Sentiria prazer em saber que, tudo que fiz, foi por você?

Amizade é um amor que nunca morre

Existem pessoas que simplesmente valem à pena. A possível explicação é uma das principais frases de Mário Quintana: "amizade é um amor que nunca morre". Insistimos em ajudá-las sem um porquê bem claro, já que as mesmas são confusas e complicadas... E muitas vezes, idênticas a nós. Ajudamos mesmo sem reciprocidade, apenas por altruísmo. Encontramos nos problemas de um amigo, uma aceitação dos nossos. Queremos salvá-los de si próprios, já que não conseguimos a mesma proeza. Algumas amizades nunca sairão de nossas vidas - mesmo após terem partido. A única explicação plausível para isso é que, mesmo distantes, nossos corações sentem falta daquela felicidade de estar juntos. Toda tristeza é ignorada para que a saudade não seja sentida. Caso esses amigos saiam de nossas vidas, a chance de voltarem é grande. Eu espero... Sei que os meus voltaram. E só acrescentaram... Arrisco dizer que hoje são minha maior fonte de felicidade...

Biblioteca emocional musical

Existem milhares de músicas no mundo, mas poucas nos fazem pensar em alguém especial. Podem nos lembrar situações boas e ruins, felizes e tristes. Dessa maneira, tornam-se parte das nossas bibliotecas emocionais musicais. Essas, são os lugares onde guardamos nossas maiores raridades sentimentais ligadas às músicas. Algumas canções marcam nossas vidas e sempre que escutamo-as, sentimos uma saudade incontrolável dos dias que passaram... Ou de quem esteve presentes neles e nos deixou. Uma nostalgia nos adentra. Incrível a capacidade daquela música lembrar-me dele. Seria por que ele apresentou-me a ela? Ou a tradução da letra era parecida com a nossa situação?  Talvez o que eu sentisse fosse ainda pior - uma saudade de algo que nunca aconteceu e nem chegou a existir.

Pureza Sentimental

Sentia-me mais leve. Algo havia partido da minha vida. Porém, como de costume, eu não sabia exatamente o que era... Talvez alguns quilos que ganhara teriam despedido-se ou minhas maiores mágoas viajado sem passagem de volta... As possibilidades eram gigantes, mas minha vontade de descobrir era maior. Eu nunca sentira tamanha pureza e clareza de pensamentos antes. Era uma sensação nova e única. Havia perdido algo, mas ao mesmo tempo ganho. Sentia-me esquisita, mas estranhamente bem.  Depois de um tempo refletindo, finalmente descobri o porquê sentia-me daquela maneira. Era ainda melhor do que qualquer perda de peso: o meu orgulho havia desaparecido. Ele deixou-me livre para tomar qualquer decisão que pudesse ser a chave da minha felicidade. Porém, ironicamente, eu sentia-me cada vez mais orgulhosa da minha conquista...

A protagonista da desgraça

Inúmeras pessoas passam por nós. Algumas ganham destaque ou adquirem um lugar especial em nossos corações. Mas, infeliz ou felizmente, muitos que trafegam pelas nossas existências, não se enquadram nessa opção. São apenas peregrinos dessa louca viagem chamada vida. Uma vez conheci uma menina, bastante parecida comigo. Vivia intensamente, mas sentia que não era correspondida. Tinha histórias lindas para encantar milhares de corações. Porém, escrevia-as com medo, não queria ser descoberta - mesmo amando o que fazia. Era uma medrosa. Mal sabia que o sucesso lhe acompanharia, onde quer que fosse. Era uma menina boba e cheia de sonhos, com tantas histórias para contar e escrever... Resolveu guardar tudo para si.  Teve a infelicidade de não protagonizar a própria vida, pois era uma grande covarde... Mas, em compensação, foi a protagonista da própria desgraça...