PROTAGONIZANDO A MINHA VIDA

"Querido Futuro, Você está demorando a chegar! Não sei mais o que devo esperar. Você está perdido? Eu estou. Não posso acreditar que você me trará as respostas - preciso buscá-las! Dizem que o caminho é longo... Sei que não percorri um terço dele para saber se o mesmo vale a pena. Estou tão aflita! Cada dia me renovo com desilusões e tristezas... Nem escrever mais é possível! Falta-me inspiração, vontade... Tudo. Não consigo mais preencher meu vazio interior com as letras... Acho que perdi o dom de formular belas frases. O que houve comigo e com minha aura protagonizante? Serei uma grande escritora? Gostaria de saber se esse meu sonho é viável e se algum dia ele será reconhecido. Demorei para acreditar, mas sim; eu tenho talento. Preciso parar de ser a antagonista da minha vida. Nasci para vivê-la Lindamente, escrevê-la com esmero! Sou a única nessa história que insiste em não acreditar. Por quê? Você diria para eu seguir meu sonho? O que você guarda para mim, Futuro? Ag

Devemos esperar um  frio na barriga? Ou aguardar os acontecimentos ruins que não temos como prever, mas que sabemos que irão acontecer? Temos uma opção melhor: tornar a nossa vivência o mais confortável possível, sem nos preocuparmos muito com o futuro, vivendo apenas o hoje. A vida é uma contradição. Mudamos de ideia  a cada segundo , repensamos e tentamos amadurecer com nossos erros... Não sabemos ao certo o que pensar. Tudo muda constantemente.  N ão sei o que será do meu amanhã, mas me esforçarei para torná-lo melhor. Melhor que ontem. Melhor que as coisas que passaram. Criarei novas lembranças bonitas e coloridas. Assim, terei prazer em olhar para trás e ver como fui feliz e soube driblar todas as dificuldades que apareceram no meu caminho. (2013)

A vida é como uma viagem. Viajamos esperando encontrar lindos e inéditos cenários. Porém, às vezes enfrentamos tempos ruins para chegar a essas sonhadas paisagens. Tempestades são necessárias para visualizarmos os melhores arcos-íris. Precisamos escalar as maiores montanhas para termos acesso às vistas mais belas.  Pagamos pela passagem e esperamos usufruir ao máximo das nossas estadias nos paraísos que nossas mentes criam. Nem sempre isso acontece. Passamos despercebidos e não aproveitamos a vida com a grandiosidade que ela merece. Tornamo-nos coadjuvantes e deixamos outros atuarem como os protagonistas... Esquecemo-nos de adquirir algum aprendizado com os dias chuvosos e deixamos-os passar. No fim, perdemos oportunidades de risos e superações...

Um tema frequente que assusta os jovens é a escolha profissional. Eles sabem que, inevitavelmente, ao optarem por medicina, tornar-se advogado é improvável. Escolher exige saber discernir o que deixar para trás. Algumas perdas possibilitam grandes vitórias. Admito que, muitas vezes, já me senti perdida por não saber o que cursar na universidade. Esse dilema me acompanhou por muito tempo, até eu parar de negar minha habilidade com as letras. Chorei frustrada ao descobrir que a resposta sempre esteve dentro de mim. Para justificar muitas das minhas decisões, uso como referência, uma das célebres frases de Pablo Neruda. O chileno acredita que somos livres para fazer nossas escolhas, mas também prisioneiros das consequências. Assim como seu dito, enfrento os imprevistos da vida, tentando buscar um equilíbrio entre meus erros e acertos. Com o tempo, as dúvidas irão desaparecer e as certezas surgirão. Não posso afirmar que escolhendo bem, mas sim dizer que estou visando o melhor

Quis ser a inspiração de alguém. Você foi a minha. Rendeu-me bons textos e um vazio no coração. Preencherei-o com um pouco mais de mim mesma. Vou atrás de mim. Não me procure. A jornada é longa e minha indecisão é suficiente. Não preciso de um coração pela metade. Seguirei sozinha nessa caminhada até encontrar o "outro eu". Por favor, não espere que eu volte e que eu lhe aceite de volta. Você decidiu nos dar um fim e eu decidi me dar um recomeço. E desculpe, mas você não faz parte dele. Um futuro inteiro me aguarda...

O que fazer Para fugir Desse maldito clichê? Deixa eu organizar tua gaveta, Acabar com tuas confusões e pensamentos, Te prometo, Não rolarão sentimentos. Deixa eu tirar teu vestido, Ser teu amigo colorido, Te prometo, Não será para sempre...

Escolhi comer pão com manteiga ao invés de tomar leite desnatado quando acordei. Pergunto-me agora, se minha escolha foi boa e se não ficarei com fome durante uma manhã de estudos. A resposta será obtida apenas mais tarde. Assim como escolher o que comer de manhã, preciso encontrar uma profissão para o meu futuro. Procuro em inúmeros hiatos, descobrir alguma habilidade minha. Escrever sobre esse dilema me parece uma opção maravilhosa. Saber se escolhi certo, será difícil - talvez eu nunca adquira essa resposta. Não sei nem se quero obtê-la. A pior parte de escolher é deixar algo para trás no caminho. Se eu escolher ser médica, provavelmente não serei arquiteta. Estaria eu perdendo alguma oportunidade? Ou ganhando uma?

Estou presa.  Minhas palavras furtaram milhares de corações e agora estou enjaulada. Resta-me cumprir minha  sentença de prisão perpétua, escrevendo mil e um versos novos... A fiança é cara, mas talvez valha a pena, assim como arriscar-me. O sucesso pode aparecer... Ou na  prisão ou nos meus livros... Aqui, sozinha, trancada e calada, dedico este último verso a você - aquele que sufocou as palavras e  deixou-as presas em um calabouço de sentimentos.

A impossibilidade de te amar faz eu te desejar cada vez mais. Sei que tentamos, mas nem mesmo nos amamos. Falhamos. Sentíamos que éramos os errados, mas fomos certos um para o outro... Até nos separarem. A vida parecia simples e tranquila. Olhar para o céu estrelado era mágico contigo. As preocupações desapareciam... Meu coração batia mais forte e eu sentia algo estranho. Ainda assim, era confortável e agradável. Único, eu diria. Agora, conjugo nossas frases no passado, com uma certa nostalgia. Sinto uma dorzinha por não termos durado uma vida... Ainda estou aprendendo a lidar com o vazio que tu deixaste. Ah! Tu ocupavas metade da minha cama e meu coração por inteiro... Como encontrarei um novo protagonista? Tu eras insubstituível...

Tinha em mãos o que queria, mas por teimosia, deixei ir embora. Lutei durante muito tempo, fingia que conseguia viver bem. Mas, eu estava me perdendo em mentiras cada vez mais. Eu precisava daquilo para ser feliz. Reencontrei o que me fazia bem. E, diferente da primeira vez, eu aceitei. E foi maravilhosamente bom. Tive chances de aperfeiçoar-me e de recomeçar. Foi escrevendo que descobri o que me fazia bem.