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Mostrando postagens de agosto, 2018

#4 — Quarto dia sem você (30/08/2018)

Achei que a necessidade de tornar público o que escrevo sobre você se estenderia. Pensei que duraria o dobro do tempo em que namoramos, porém essa quarta e última carta é suficiente por ora. A verdade é que eu até posso voltar a redigir poemas para você, mas dessa vez eles serão secretos — somente  meus. Estarão guardados a sete chaves na memória, no coração, e, claro, no meu bloquinho de notas.   Acredito que se as minhas palavras foram capazes de emocionar uma vez, elas vão, naturalmente, fazer isso de novo, seja aonde e com quem for.  Afinal, se eu não escrevesse tão bem, nunca teria começado esse blog que hoje  ninguém lê.  Antes, fiz para armazenar meus sentimentos como forma de textos e obras de arte — e, na época, ingenuamente consegui conquistar alguns corações... Continuarei a escrever a minha vida lindamente  sem você e sem aquelas palavras que faziam você chorar e suspirar de felicidade por ter o maior tesouro do mundo nas suas mãos. A escolha foi sua.

#3 — Terceiro dia sem você (29/08/2018)

Por que tínhamos que ser assim? Éramos tão unidos no começo... Em que momento nos perdemos em nós mesmos e passamos a viver de circunstâncias?   ... Achei que hoje não fosse mais chorar por não estarmos juntos. Não deu.   Por outro lado, esse foi o primeiro dia depois do nosso último adeus que passei maquiagem. Senti que foi um avanço, pois queria me sentir mais linda, bela e dona de mim — coisas que sabemos que faz tempo que não sinto.   O meu dia foi ótimo. Consegui focar bastante no trabalho pela primeira vez em uma semana. Tenho me distraído e me divertido, pois estou num lugar maravilhoso.   Mas a vida não é feita de rosas.   ... Em casa, me lembro de tudo aquilo que passou e que não vai mais se repetir.   Não tenho mais um fotógrafo particular para captar a minha essência e a melhor versão de mim mesma. Tenho o meu celular, que tem registrado as minhas lágrimas e ouvido as minhas angústias.   Hoje foi por pouco. Achei que não fosse m

#2 — Segundo dia sem você (28/08/2018)

Eu queria te ligar e dizer tudo aquilo que não disse ou que me arrependo de ter feito. Gostaria de um carinho e um abraço me dizendo “vai ficar tudo bem”. Fui no médico hoje. Descobri que vou precisar tomar mais remédios. Dizem que é ausência de serotonina, mas desconfio que seja outra razão... Chorei mais ainda quando recebi essa notícia. Fiquei indagando se você era o causador da minha tristeza ou se o nosso término era mais um efeito colateral dela.   Porém, o que mais me doeu foi não poder contar para você que não está tudo bem, pois perdi o meu melhor amigo, o meu companheiro — e, dessa vez, foi para sempre.

#1 — Primeiro dia sem você (27/08/2018)

Confesso que não está sendo fácil. Dói. Parece que vai rasgar o meu peito em mil pedaços. Dizem que passa, mas, para mim, a única coisa que tem passado é o tempo longe de você...   Não acordei de manhã com a certeza de que falaria com você no dia seguinte, porque faríamos as pazes. Não recebi uma mensagem sua de bom dia para me lembrar que mais uma batalha se iniciava e eu precisava ser forte. Apesar dos meus esforços, meus olhos ainda tem brilhado quando eu escuto alguém falando o seu nome. O coração grita, pula, sai fora de órbita, e, por fim, quase cai do peito — somente para me lembrar que sou humana e que está tudo bem.   Um dia vai passar.   Eu prometo.

Beijo de Adeus

Não consigo encontrar palavras que consigam descrever tão bem a sensação do nosso último beijo. Da nossa despedida. De um novo começo.  Sinto sozinha a dor de ter perdido um amante e, acima de tudo, um amigo companheiro que estava sempre comigo. Já falaram que você era minha bengala; me dava suporte quando eu precisava e nunca me deixava cair. Mas eu posso afirmar que não foi só isso.  Eu consegui ser eu mesma sem me preocupar com nada. Abri mão do meu orgulho e fui quem eu nunca pensei que fosse ser — alguém melhor. Achei que tinha conseguido e que isso seria o suficiente para a construção do nosso “para sempre”.  Infelizmente, é como dizem: o “para sempre, sempre acaba”.  Os mil e um segundos do nosso último beijo também acabaram. Porém, a marca da saudade dos teus sorrisos e lábios macios vão permanecer para sempre...

Not goals, just go

Não sei a partir de qual momento da relação comecei a me amar menos. Parei de me colocar em primeiro lugar e comecei a pensar em nós.  Que erro terrível .  Mal sabia que depois de todo o esforço que fiz para ser altruísta, você se tornaria aquilo que mais lhe fazia chorar: eu.  Ah, as ironias da vida... Antes, eu nunca deixaria minha vida pessoal interferir no meu trabalho. Hoje, estou sentada chorando e pensando no que éramos e no que poderíamos ter sido. But now we are n ot a goal, so just go. Choro de raiva. Sinto medo do desconhecido. Medo de nunca mais me sentir bem comigo mesma. Mas, a pior parte e o principal motivo das minhas lágrimas é saber que você tem uma parcela de culpa. Você desejou que eu fosse uma pessoa melhor e eu acreditei que poderia ser  —  e fui a melhor amante do mundo que podia. Que engano !  ... Sei que a antiga Protagonista nunca deixaria qualquer bobagem lhe abalar. Mas o que aconteceu com ela? Adormeceu para sempre?  Espero que ela ain

A dor da verdade

Eu nunca vou ser tão feliz aqui quanto eu fui em New York. Aquele lugar respirava vida: novidade, inspiração e diversidade tudo em um só lugar. Constatar isso dói. É como se a verdade me desse um soco no estômago. Machuca. Sangra. Pior do que isso: é invisível. Ninguém enxerga que minha alma está pela metade — um pedaço de mim ficou na cidade que nunca dorme. Do lado de lá, eram fast-foods  por todos os cantos, carros buzinando loucamente e, claro, uma vida independente. Em NY, o medo de ser julgada não existia. Eu estava no meio de um cidade de 8,5 milhões de habitantes e não me sentia sozinha or trapped into my own misery. I was complete and I had control of myself.  Do lado de cá, me sinto rodeada de velhos e sucessivos fracassos, além de falsos sorrisos. Digo que está tudo certo, minto para mim mesma que as coisas vão melhorar. Porém, o tempo passa e nada muda. Não sou feliz aqui. Preciso fugir. Procuro desesperadamente meu cantinho de felicidade. Infelizmente, não tem f

The Rollercoaster

Vivo altos e baixos.  Sou uma montanha-russa   Que clichê!  Choro. Sorrio. Mas eu não sei se ainda consigo. Está cada vez mais difícil e eu continuo  caindo...                    C          A       I                     N                                        D                                         O Tenho tentado me agarrar firme nas paredes, Me esforçado para reter a tua atenção e te prender perto de mim.  Você foge.  Eu sei, sou toda errada.  Não há escapatória. Agora que saí dos trilhos, não volto mais.  Vou seguir o meu caminho E aproveitar o frio na barriga da minha rollercoaster . Adeus.