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Mostrando postagens de junho, 2017

Faces da Verdade: qual é a sua?

O final de Faces da Verdade (original: Nothing but the Truth), obra cinematográfica fictícia inspirada em fatos reais, é brilhante e eu preciso começar contando-o – mesmo que os leitores detestem os spoilers . Somente nos últimos minutos, é revelada a fonte original do furo da repórter Rachel Armstrong, (Kate Beckinsale). A descoberta causa espanto e surpresa, pois a "vítima" é a filha da agente secreta da CIA, Erica Van Doren (Vera Farmiga), ou seja, é apenas uma criança! Ao descobrir isso, é preciso que o público questione até que ponto vão os limites éticos de um jornalista – é possível se envolver com uma fonte? No caso, Rachel seduziu e foi seduzida pela menina , que era colega do seu filho. Em um passeio escolar, auxiliando a professora, a repórter e a garotinha começam a conversar e, depois de um tempo, a pequena acaba falando mais do que deveria. Porém, não sabia que suas palavras virariam notícia. Estava Rachel sendo uma jornalista ou abusando de seu poder

Mídia e Sexismo na Cobertura da Olímpiada Rio 2016

(artigo feito originalmente em novembro de 2016 para a disciplina de Jornalismo Esportivo/FAMECOS/PUCRS) APRESENTAÇÃO Desde as primeiras edições da Olimpíada antiga, as mulheres sofrem com estereótipos e com preconceitos de fragilidade e de beleza, que ainda são perpetuados pela mídia. Embora os Jogos Olímpicos da Antiguidade tenham surgido em 776 a.C, somente em 1900 as representantes femininas participaram pela primeira vez. Na ocasião, foi possível competir em apenas dois esportes – o tênis e o golfe, por serem considerados “bonitos” e não precisarem de contato físico. Consideradas atletas extraoficiais, essas mulheres só recebiam um certificado de participação dos Jogos e não ganhavam coroas de oliveira como prêmio. Inicialmente, as modalidades eram disputadas pelos atletas das cidades-estado da Grécia para honrar os deuses, de quatro em quatro anos. Entretanto, as mulheres não podiam participar nem assistir a esse evento, pois, de acordo com os homens, não tinham aptidão p

"Esses dias de internet são loucos!"

Me peguei pensando nisso em uma conversa via WhatsApp com uma amiga de longa data que não vejo há anos. Ela diz que acompanha minha vida pelas redes sociais, mas eu não acredito nela e não sei se ainda faz parte da minha caixinha de amizades. Cruel? Nem tanto, eu diria. Podemos nos ver poucas vezes por funções de trabalho, faculdade e compromissos da vida, mas deveríamos ter um contato (telefonema, mensagem, sinal do além e etc) mais direto no dia a dia, não? Ou vocês acham, sinceramente, que adianta combinarmos uma saída para discutirmos as dificuldades que enfrentamos na amizade se não somos mais as mesmas e não nos importamos o suficiente para melhorar nosso relacionamento? Acredito que não funciona assim não, caros amigos e queridas amigas...  Também não entendo e nem vejo sentido nessas pessoas que dizem que me acompanham e percebem o quanto mudei, por causa do que publico (ou não) nas redes. Ora, se fosse assim, todos saberiam como sou e não teria graça ser meu amigo...