PROTAGONIZANDO A MINHA VIDA

Nem oito nem oitenta, Ela não desiste nem tenta. Nem fácil nem difícil, Ela é um fogo de artifício. Nem lua nem luar, Ela é a única que consigo pensar. Nem fala nem diz, Ela nem sabe que é uma eterna aprendiz.

Invertemos os papéis, Antes era um jogo De amores infiéis. Cessamos nosso fogo, Vivíamos a beleza da primeira vez, Nosso romance terminou por falta de validez. Fomos planos, Não nos importamos com a falta de reciprocidade, E construímos um castelo de insanidade. Éramos errados, Acabamos inacabados, E terrivelmente apaixonados.

Quero gritar, Mas não posso. Quero amar, Mas não consigo. Quero viver, Mas sobrevivo. ( maio de 2015)

Amor é libertador, Liberta toda e qualquer dor, Que sentimento patético! Causador de fervor poético. Escrever é como amar, Qualquer texto, Torna-se pretexto, Para se apaixonar. Contra qualquer romance, Nunca me dei nenhuma chance, Até você dizer: "avance!" Juntamos nossas páginas passadas As velhas, usadas e rasgadas Para terminá-las, casadas.

Precisamos aprender a conjugar nossos verbos no passado. Ele não volta, assim como eu e você. Não me arrependo de ter te deixado. A única coisa que me machuca profundamente é saber que poderíamos ter sido mais enquanto duramos. Fomos uma parte - eu e você. Não fomos um todo, um conjunto. Fomos eu e você. Nós não existimos. (agosto de 2015)

Mais cedo, procurei no dicionário o significado de indefinição. Encontrei apenas um pronome definindo-o: "eu". Interpretei aquilo como um sinal para obter mais clareza em meus devaneios. Busquei entender-me por meio das palavras, mas encontrei um grande obstáculo - eu não consegui descobrir qual era a mais bonita. Todas faziam sentido e formavam um texto lindo. Escrevi então, uma autobiografia, com apenas uma frase: "Talvez o indefinido seja minha melhor definição." Aos poucos, consegui obter algumas definições... Elas são infinitas, assim como as possibilidades de crescer e amadurecer...  Minha vida é minha melhor definição.