Aquele casal era maravilhoso! Possuíam um relacionamento desgastante, mas complementavam-se de alguma maneira... Brigavam por serem igualmente teimosos e orgulhosos. Nas manhãs seguintes das discussões, faziam as pazes por serem diferentes e muito apaixonados um pelo outro. Era impossível não morrer de amores por eles... Ele era bom com números, sabia lidar com a exatidão, com o lado racional da vida. Já ela... Insistia nas interpretações mais subjetivas da vida. Dizia que sofria, mas não tinha nem mesmo um porquê. Um tentava buscar no outro seu próprio eu. Estavam errados, mas nem faziam ideia. Ele queria encontrar a solução para a garota confusa que ele gostava. Desejava encontrar a incógnita X dos seus problemas. Já ela... Sonhava e idealizava. Amava, acima de tudo, interpretar. Interpretou-o errado. Concluiu traições e falta de amor. Para quem dizia-se doutora em português, essa foi a pior intepretação de sua vida. Custou-lhe um emprego e um relacionamento.
PROTAGONISMO, FEMINISMO E JORNALISMO