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Mostrando postagens com o rótulo poemas

Estranho.

Andei pelo calçadão de Ipanema, Encontrei um estranho, Tentei escrever um poema, Mas me sentia estranho. Estranhei o quanto éramos estranhos, Mas lembrei que tudo isso é, na verdade, um ganho, Agora já esqueci os teus olhos castanhos, Estranho. 

Dores ternas, eternas, tão ternas!

Nenhuma promessa é eterna. Hoje, eu lhe afirmo:  Minha dor, que é terna, É minha filha, Uma grande companhia.  Não me importo mais, A saudade já chegou, Estou preso, aqui, ilhado, Neste mar de pensamentos Confusos e barulhentos. Nunca mais vi o mar,  Admito que não tenho olhado. Deve ser por tua causa, Lembro do rebuliço das ondas, Do calor das tuas mãos, Dos teus olhos ardentes, E da tua paixão  caliente, Que me  faziam  delirar . (agosto de 2017)

Coisa Poética de Ser & Escrever

Perdi meu lado poético, Não sei mais escrever. Chega a ser patético, Pois faço traços e rabisco: Uma folha em branco, um lead qualquer  Desejando tudo aquilo que um amor de verdade requer  –   Um beijo e um olhar sincero de quem me quer. Cansei do presente,  Pois só enxergo um povo demente   –   Sedento por cobranças   E alheio às mudanças. Por isso, precisei recorrer à mistura do gênero literário  Com o jornalismo de obituário  Para, no futuro, quem sabe,  Fazer uma denúncia de um político salafrário... Misturei ética Com beleza estética, Apenas para o poema criar, A fim de lembrar: Não importa a pauta e o tema, Estou aqui para rimar.

10.10.2015

Entre um sim e um não, Eu sou a imensidão. Entre um amor e um beijo, Eu sou um eterno desejo. Entre um ponto e um conto, Eu sou um tonto. Entre o infinito e o mar, Eu sou o verbo amar.

Ode ao Jornal

Não importa o que eu escreva, Na internet ou no jornal, Qualquer rumo que a vida leva, Será superficial. Não pense no jornalismo, Com tanto idealismo. Pode parecer irônico, Mas não penso em ser icônico. Passo horas acordado, Redigindo matérias, Reportando notícias sérias - Escrevendo sobre o (que tenho) passado. Sempre narrarei o que for crucial, Transmitindo apenas o essencial, Levando em conta o lado imparcial Em qualquer matéria do meu jornal. Quero apenas reportar, Qualquer rumo que a vida tomar, Como um grande jornalista E um eterno idealista.

4 meses

Deixei de ser escritora, Virei uma amadora. Deixei de mentir, Comecei a sentir. Deixei-me levar, Pois o amor estava no ar. Deixe-me apaixonar, Afinal, aprendi o que era amar.

Um minuto só

Em um minuto, O tempo não passa, Não importa o que eu faça. Quando vejo, Só tenho um desejo: Ir para casa em um minuto, Fumando um charuto. A caminho da escola, Levo uma sacola Com um relógio marcando um minuto. (2012)

Hospício

Vende-se meu hospício. Está escrito no ofício, Um louco vai comprar, Ficar e morar. Só espero que um dia, Não morra de tontura E sim de loucura, Pois esta é a cura. (outubro de 2012)

Eu naveg(ando)

Toda vez que em alguma coisa não posso pensar, Não penso. Meu cérebro tem ótimo bom-senso. Quando quer amar, Sabe que vai errar. Desiste então e recomeça a jogar. Entra na pista, E grita: Já cansei, vou acertar! Vê então que está prestes a velejar e a amar... De novo... ( maio de 2015)

Ah! Eu já tive tantos sonhos...

Metade realizei, metade ignorei. Neste fim, certa de um recomeço, Visualizando mais alguns tropeços, Dói-me pensar que minha jornada Foi em vão. Perdi soldados e guerreiros, Perdi arqueiros, Perdi o fio da meada, Perdi a noite da virada, Perdi a minha mais leve companhia. Minha bela e jovem, sinfonia. Minha eterna e irreparável perda. Minha perda de mim mesma.

Nem isso nem aquilo

Nem oito nem oitenta, Ela não desiste nem tenta. Nem fácil nem difícil, Ela é um fogo de artifício. Nem lua nem luar, Ela é a única que consigo pensar. Nem fala nem diz, Ela nem sabe que é uma eterna aprendiz.

Amores Infiéis

Invertemos os papéis, Antes era um jogo De amores infiéis. Cessamos nosso fogo, Vivíamos a beleza da primeira vez, Nosso romance terminou por falta de validez. Fomos planos, Não nos importamos com a falta de reciprocidade, E construímos um castelo de insanidade. Éramos errados, Acabamos inacabados, E terrivelmente apaixonados.

Amor Entrelinhas

Amor é libertador, Liberta toda e qualquer dor, Que sentimento patético! Causador de fervor poético. Escrever é como amar, Qualquer texto, Torna-se pretexto, Para se apaixonar. Contra qualquer romance, Nunca me dei nenhuma chance, Até você dizer: "avance!" Juntamos nossas páginas passadas As velhas, usadas e rasgadas Para terminá-las, casadas.

Sentimentos como um Poema

Com um suspiro, Você é tudo que respiro. Como um olhar, Você me faz sonhar. Com um jeito subliminar, Você enxerga a tristeza no meu luar. Como um sorriso, Você é tudo que preciso. Assim como um poema, Você é meu maior dilema.

O que poderíamos ter sido?

Você selecionou palavras, Eu, sentimentos. Passei a sentir menos, Cada vez mais. Então, algo mudou... O tempo passou, E o amor evaporou... Você era tão amável... Fez-me sentir algo único, De uma maneira improvável, Pensei que nosso amor fosse épico. Sei que me enganei. Hoje vivo a incerteza de não saber se eu te amei... (agosto de 2014)