PROTAGONIZANDO A MINHA VIDA

É difícil encontrar pessoas que queiram compartilhar minhas insanidades e viver junto comigo com a mesma intensidade que vivo. Alguns desistem no caminho, outros antes mesmo de tentarem... Alguns estão para chegar, outros com data de saída marcada. Mas e aí, alguém quer ficar nessa estrada comigo para sempre?

Aniversários geralmente são comemorados com festas marcantes - seja um happy hour para os íntimos ou uma reunião dançante para desconhecidos. Conforme os anos passam, o tipo de celebração muda; festinhas infantis dão lugar à noites do pijama, e assim sucessivamente. O importante é celebrar esse dia único. O tempo passa e as pessoas vão envelhecendo. Com isso, a vontade de soprar as velinhas diminui. Um ano não faz muita diferença para comemorar mais um aniversário. Problemas maiores são enfrentados - fios brancos de cabelo que estão nascendo e o grau dos óculos aumentando. Meu aniversário já foi meu dia predileto do ano, mas depois de muitas falhas nas comemorações, eu prefiro não esperar nada além de um bolinho e um parabéns em família. A possibilidade de fazer uma festa para comemorá-lo não me agrada - assim, o risco de que os convidados não compareçam é inexistente. No fim, celebro-o pensando como será no ano seguinte e perguntando-me se os fios brancos estão vindo mais cedo.

Hoje era um dia normal, comum como qualquer outro. Em certo momento dele, algo aconteceu. Alguma coisa mudou. Senti em mim uma força interior que nunca sentira antes - tudo parecia possível, bastava eu acreditar. Vi que era capaz de realizar meus maiores sonhos e desejos... A vida sorriu para mim. Foi um sopro de esperança e uma alegria nostálgica da minha infância. A vida me arrancou um sorriso bobo e eu nem mesmo sabia o porquê. Seria por que as coisas estavam finalmente começando a dar certo? Era uma felicidade repentina, um amor à vida. Que vontade de viver, de sonhar, de realizar. Ah! Ah! Foi então, que entendi. Meus sentimentos estavam renascendo das cinzas de uma fênix, chamada "passado". Uma nova etapa se iniciava e eu sabia que estava pronta para enfrentá-la - eu tinha amigos de verdade e sabia que nada me faltaria. Eu estava completa.

Amizade foi e será sempre uma das melhores amigas do ser humano. Estar repleto de amigos, fisicamente ou não, é sinônimo de felicidade, - é abrir mão das próprias necessidades, em prol do outro. Nada melhor do que um amigo para compartilhar as alegrias e as tristezas da vida. Em um mundo globalizado, fazer amigos tornou-se mais fácil e comunicar-se com eles também. As redes sociais permitem contato imediato e uma aproximação instantânea. Através de mensagens rápidas, fotos e vídeos é possível conversar com pessoas que estejam em qualquer lugar do mundo com a sensação de estar junto ou perto. Ao contrário do que parece, as pessoas não são menos amigas que antes; elas apenas encontraram outra maneira de manter as amizades - através da tecnologia. Essa tem a função de aproximar as pessoas, embora também possa arruinar relacionamentos. É comum ver amigos reunidos em um mesmo ambiente físico, sem dialogar, pois estão ocupados dialogando com o mundo virtual. Os tempos mudaram e a realida

Tenho medo de passar pela minha vida como uma espectadora... Quero ser a protagonista dela, que chora, ri, sofre, erra, aprende, cresce e que vive!  Quero encontrar um mocinho para o papel principal do meu coração e também encontrar o vilão, para saber que o principal sempre foi único...

É impressão minha ou ele está mesmo mais feliz com ela? Será que eu não fui suficiente? Tantas questões e nem mesmo a certeza de que nossa felicidade juntos era a maior do mundo, pois nos amávamos! Sempre julgamos nossa felicidade inferior a dos outros. Pensamos que porque determinada pessoa namora ou faz tal coisa, é feliz. E se ela tiver muitos problemas e não aparentar? Devemos julgar pelas fotos postadas em redes sociais de beijos e etc? Os momentos ruins nunca estão em um álbum de fotos, porque o que importa são os dias coloridos, não os chuvosos. Ninguém gostaria de ver fotos suas chorando por aí...

E quem sabe, talvez, ele fosse o cara - não qualquer um, mas sim o certo.  O certo no momento errado. Justo no momento que eu me obrigava a não me apaixonar, ele apareceu. Agora, nosso tempo passou.  Quando parecia estar começando a ser recíproco da minha parte, quando eu parecia estar pronta para amar de novo e me apaixonar, ele já não era mais o cara certo. O momento sim. Ele já era passado. E o errado. (abril de 2014)