Pular para o conteúdo principal

Postagens

Ventanias da Madrugada

Só queremos nos sentir importantes. Mas, infelizmente, muitas vezes pensamos que somente acompanhados de alguém vamos nos sentir repletos. Dessa forma, o vazio nos preenche.  Acreditamos que estamos sozinhos e procurando por algo que não sabemos ao certo o que é. Ficamos ansiosos. Sentimos náusea. Nossos pensamentos voam. Vivemos em um ciclo vicioso.  Terceirizamos a necessidade de suprir os nossos desejos e tornamos alguém responsável por isso. A ânsia por respostas nos cansa e nos obriga a seguir estereótipos apenas para dizer que está tudo bem.  A verdade é que tudo bem não estar bem. A vida é feita de tempos, de fases. Tudo bem.  Este não é o meu momento, porém ele vai chegar.  Eu espero... 

Estranho.

Andei pelo calçadão de Ipanema, Encontrei um estranho, Tentei escrever um poema, Mas me sentia estranho. Estranhei o quanto éramos estranhos, Mas lembrei que tudo isso é, na verdade, um ganho, Agora já esqueci os teus olhos castanhos, Estranho. 

8/8/18

You push people away, You don’t let them stay,   You say no more goodbyes, But then her love flies, You can’t stop trying , And I cannot keep surviving.   Please, just let me go.

#4 — Quarto dia sem você (30/08/2018)

Achei que a necessidade de tornar público o que escrevo sobre você se estenderia. Pensei que duraria o dobro do tempo em que namoramos, porém essa quarta e última carta é suficiente por ora. A verdade é que eu até posso voltar a redigir poemas para você, mas dessa vez eles serão secretos — somente  meus. Estarão guardados a sete chaves na memória, no coração, e, claro, no meu bloquinho de notas.   Acredito que se as minhas palavras foram capazes de emocionar uma vez, elas vão, naturalmente, fazer isso de novo, seja aonde e com quem for.  Afinal, se eu não escrevesse tão bem, nunca teria começado esse blog que hoje  ninguém lê.  Antes, fiz para armazenar meus sentimentos como forma de textos e obras de arte — e, na época, ingenuamente consegui conquistar alguns corações... Continuarei a escrever a minha vida lindamente  sem você e sem aquelas palavras que faziam você chorar e suspirar de felicidade por ter o maior tesouro do mundo nas suas mãos. A escolha foi sua.

#3 — Terceiro dia sem você (29/08/2018)

Por que tínhamos que ser assim? Éramos tão unidos no começo... Em que momento nos perdemos em nós mesmos e passamos a viver de circunstâncias?   ... Achei que hoje não fosse mais chorar por não estarmos juntos. Não deu.   Por outro lado, esse foi o primeiro dia depois do nosso último adeus que passei maquiagem. Senti que foi um avanço, pois queria me sentir mais linda, bela e dona de mim — coisas que sabemos que faz tempo que não sinto.   O meu dia foi ótimo. Consegui focar bastante no trabalho pela primeira vez em uma semana. Tenho me distraído e me divertido, pois estou num lugar maravilhoso.   Mas a vida não é feita de rosas.   ... Em casa, me lembro de tudo aquilo que passou e que não vai mais se repetir.   Não tenho mais um fotógrafo particular para captar a minha essência e a melhor versão de mim mesma. Tenho o meu celular, que tem registrado as minhas lágrimas e ouvido as minhas angústias.   Hoje foi por pouco. Achei que não fosse m

#2 — Segundo dia sem você (28/08/2018)

Eu queria te ligar e dizer tudo aquilo que não disse ou que me arrependo de ter feito. Gostaria de um carinho e um abraço me dizendo “vai ficar tudo bem”. Fui no médico hoje. Descobri que vou precisar tomar mais remédios. Dizem que é ausência de serotonina, mas desconfio que seja outra razão... Chorei mais ainda quando recebi essa notícia. Fiquei indagando se você era o causador da minha tristeza ou se o nosso término era mais um efeito colateral dela.   Porém, o que mais me doeu foi não poder contar para você que não está tudo bem, pois perdi o meu melhor amigo, o meu companheiro — e, dessa vez, foi para sempre.

#1 — Primeiro dia sem você (27/08/2018)

Confesso que não está sendo fácil. Dói. Parece que vai rasgar o meu peito em mil pedaços. Dizem que passa, mas, para mim, a única coisa que tem passado é o tempo longe de você...   Não acordei de manhã com a certeza de que falaria com você no dia seguinte, porque faríamos as pazes. Não recebi uma mensagem sua de bom dia para me lembrar que mais uma batalha se iniciava e eu precisava ser forte. Apesar dos meus esforços, meus olhos ainda tem brilhado quando eu escuto alguém falando o seu nome. O coração grita, pula, sai fora de órbita, e, por fim, quase cai do peito — somente para me lembrar que sou humana e que está tudo bem.   Um dia vai passar.   Eu prometo.