Não foi New York que me deixou despedaçada, muito menos a saudade de passear pela Fifth Avenue e pelo Central Park . A grande responsável por isso foi a volta para a realidade. Foram as pessoas. Foi pior do que isso: foram eles, os “meus amigos”. Lembrar que eu não era feliz, pois estava rodeada de gente fingindo ouvir e se importar com algo do que eu falo foi duro. Em NY, não precisei de ninguém e todas as pessoas que conheci me fizeram sentir livre e leve. Todos fizeram eu me sentir especial, desde o porteiro do New York Times aos meus colegas de inglês. T o d o s . NO EXCEPTION. Este sentimento pode ter relação com a “mágica” inerente à cidade que nunca dorme: suas luzes e seus letreiros coloridos, suas sirenes e seus barulhos incessantes e, claro, aquele seu odor incomparável dos metrôs — o jeito New York de ser. Apesar disso tudo, eu sabia que, na verdade, era eu quem tinha mudado. Eu era uma pessoa diferente em NY e estava...
PROTAGONISMO, FEMINISMO E JORNALISMO