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A peça da minha vida

A vida é uma eterna peça de teatro. Podemos fingir sentimentos enquanto atuamos e acabar até acreditando neles, tamanha veracidade contida nas cenas. Assim, perdemos o controle sobre as nossas emoções e percebemos que, às vezes, toda racionalidade do mundo não funciona. Devemos ser leves e agir conforme o que fluir em nossos corações. Improvisarmos e não nos preocuparmos se os atos derem errados, não acontecerem conforme a programação do roteiro, se uma comédia virar um drama e vice-versa.  Existem inúmeras maneiras de amadurecer no grande palco da vida - podemos chorar, gritar, rir, sorrir, cantar, dançar, errar, sofrer, aprender e crescer. Podemos ser felizes e lutar pelo que queremos! Fazemos isso em busca do maior sucesso que se pode obter na vida: a felicidade. E que seja feito sem nos preocuparmos com os aplausos da plateia; apenas com a certeza de que demos nosso melhor.

Tempos chuvosos...

É, já tivemos tempos melhores; a tempestade ainda não tinha chegado aqui. Agora, o som que ouço é o trovejar de um coração partido, pedindo redenção ao orgulhoso sol. Quem sabe algum sentimento floreça no que restou de mim... Se esse for o fim, que seja doce e suave como as nuvens... Ah! Tão delicadas e impulsivas! Calmas como a lua e de repente num choro infinito colocam para fora suas mágoas e libertam o coração... Sempre recomeçando e recuperando os motivos para chorarem (de felicidade). Até mesmo em tempos ruins, entre uma trovejada e outra, nasce um arco-íris. Lindo e colorido, mostrando que nada está acabado, (exceto esse texto).

Minha laranja que me completa...

Eu sou o amor da minha vida. Aquela metade da laranja que me completa. Nasci assim, não preciso de ninguém pra me preencher. Qualquer um será perda de tempo. Não nego a possibilidade de um complemento... Alguém que acrescente. Mas não procuro também. Vivo sem me iludir e não acredito em meias palavras. Atos e ações me conquistam. Conquiste-me, (se puder).

Passado vs. Futuro

A verdade é que meu passado ainda me atrapalha no presente. Meu medo absurdo de confiar nos outros e me magoar, me impede de dizer o que penso e sinto; de ser eu mesma. Basicamente, me impede de viver de maneira intensa. Claro que evito muitas decepções, mas também perco muitas oportunidades de ser feliz - coisa que não aconteceria se eu lutasse pela minha felicidade, sem me importar se o caminho até ela seria dolorido e sofrido. Até isso acontecer, qualquer sinal de felicidade será superficial - estarei vivendo uma eterna mentira enquanto não me entregar completamente a cada momento e saber aproveitá-lo.

Futuro em aberto

Não sei o que quero para o futuro e isso me frustra. Desejo ser muito feliz e para minha tristeza, não sei o que me faz sentir assim. As certezas que eu tinha na vida foram embora. Alguns amigos também. Outros estão indo... Os poucos amores que tive não foram nem um pouco duradouros; pelo contrário, duraram dois meses e uma noite. Nada me basta. Nunca me satisfaço. Vivo insatisfeita e com um nó amargo no coração. Acho que sou um caso perdido. Sem solução. Afinal, não sou um problema matemático com uma fórmula que me guie na direção certa para me resolver - sou apenas uma dramática vítima do mundo.

Uma eterna reticências...

Se definir, é se limitar. É a tentativa de fechar o grande parêntese em aberto que vivemos até o final dos nossos dias. Se limitar, é se privar. É "dizer não" para a liberdade - coisa mais buscada no mundo, que anda lado a lado com a felicidade. É a tentativa de por um ponto final, onde poderia ser reticências, simbolizando uma continuação sem fim, que nos permite imaginar como o amanhã será. Não precisamos colocar pontos finais ao terminarmos relacionamentos, afinal, eles foram uma parte da nossa vida e quem sabe, não voltem a ser? Nunca se sabe... Por que não colocamos uma vírgula? Dói menos. Finais são tristes e vírgulas podem ser uma pausa, um "até logo"... Deixemos os pontos para cada  fim de parágrafo , para cada   final de texto ... Mas para a vida? Uma eterna reticências...

Histórias de um passado (feliz?!)

Meu passado foi tão marcante que volta e meia me pego pensando nele... As histórias são as mesmas no presente, se repetem, mas de uma maneira incrivelmente pior. Que saudades daquilo que não volta, de me sentir parte de algo, ser uma peça essencial nesse jogo de amizade. Ah! Quem notaria alguém que passa despercebida como eu? Que pouco se importa com os outros e é tão egoísta a ponto de não gostar de se olhar no espelho, por quê se julga única?