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Patinando na Vida

Já fui patinadora. Dizem que nunca fui amadora, exceto no amor. Realmente, minha relação com esse tema não era muito saudável. Patinava nas minhas paixões e chorava com fervor. Amava o que fazia com todas minhas forças. Sentia que era verdadeiro. A sensação de cada apresentação era única. Ao patinar, eu sabia que estava sendo eu mesma. Aprendi a reerguer-me. Sempre apliquei a teoria de cair e levantar na minha vida, como patinadora e amadora, em derrotas e vitórias. A aplicação fez-se ainda mais necessária no presente após minha última derrota amorosa. Apesar de todas as maravilhas proporcionadas, cometi inúmeros equívocos como aluna da vida. Acreditava que seria algo que faria para sempre, rotineiramente. Mas estava errada... Ou parcialmente enganada. Caí. Cresci. Levantei-me. Patinei tanto na vida, até voltar a patinar nas pistas. Nesse momento, senti-me flutuando e enxergava-me claramente. Eu era eu mesma. Excepcionalmente desajeitada e delicada, unicamente eu.

Não é para você que quero mostrar este texto.

Não é para você me acariciar quando eu estiver triste. Não é para você que contarei dos meus casos de amor. Não é para você me traduzir. Não é para você rir do meu jeito desajeitado. Não é para você pensar que é meu escolhido, o cara amado. Não é para você sorrir perto de mim, tentando me conquistar. Não é para você continuar assim, lindo como uma miragem. Não é para você me amar. Não é para você ser meu. Não é para ser você. ( junho de 2015 )

Opressão e Liberdade

O brasileiros já presenciaram muitas opressões ao longo da história. Até atingirem a chamada democracia, o modelo vigente, houve inúmeras sanções a direitos básicos, como o de ir e o de vir. O regime político atual age ou deveria operar em prol do povo. Enquanto o governo continuar favorecendo as classes mais ricas, a plenitude democrática não será conquistada. A população brasileira vive oprimida. Embora resida em um país democrático e liberal, a classe trabalhadora sofre exploração por meio dos atrasos nos pisos salariais e de eventuais preconceitos. Como principal direito dos proletários, greves foram feitas para reivindicar melhoras. Nos anos de 2013 a 2015, diversas manifestações pediam o fim da impunidade, saúde e segurança decentes e por fim, uma política séria. Entretanto, a liberdade de expressão de alguns participantes confundiu-se com o desejo de ser parte dos holofotes, como músicos e modelos pintadas que passaram dos limites.  A sensação de opressão brasileira mostra-

Direito de ser livre.

A violência contra a mulher é decorrente de um passado de inferiorizações e submissões aos homens. No Brasil Império, as moças eram criadas para cuidar da casa e para gerar herdeiros, já a população masculina, exercia outras funções. Elas não possuíam escolhas nem direitos, apenas obrigações. Os resquícios da antiga sociedade brasileira machista ainda permeiam o cotidiano. Grande parte da população feminina sofre com abusos diários. Esses podem ser de caráter violento, psicológico e moral, como elogios pejorativos e de conduta sexual, como os estupros. Entretanto, existem ideias que refutam a ideia de que os homens são os culpados. A objetificação das mulheres tornou-as vítimas de suas próprias vestimentas, já que são acusadas de conteúdo provocativo, chamando atenção masculina e gerando assédio. A criação da Lei Maria da Penha foi um avanço na luta contra a violência doméstica. As denúncias tornaram-se mais comuns. Essas causaram e ainda geram o sentimento de revolta na população

Amor é sensacional(ista)!

Amor é uma notícia sensacionalista. Muitos chamam de conto de fada, mas para mim, é só mais um caso de masoquismo. Em todo final de domingo, leio minha coluna no jornal à procura de um feliz final. Mas ele não existe - não faz parte da vida real. Desculpe. Todos mentem bem, todos são artistas, quando o assunto é amor. Fingem tão bem e tão completamente que chegam a fingir que é amor, o amor que deveras sentem. E nos romances que escrevem, os leitores conseguem imaginar e sentir bem... Pensam em seus amores platônicos e mentem também. (inspirado em Autopsicografia, de Fernando Pessoa)

Soneto de Fidelidade

Em um mundo com tanta hipocrisia, a fidelidade é uma dádiva. Com tantos amores, Vinicius escolheu ser fiel a cada um deles - por um determinado tempo. Foi infinito enquanto durou, efêmero como uma chama de paixão intensa. Cada amor é eterno por um segundo, mesmo que ele dure apenas um minuto. A solidão desaparece com a paixão. Ora ressurge ora some. Nada é para sempre. Amor preza zelo, cuidado e fidelidade. Os pensamentos tornam-se mais leves e puros. Amar é um doce encanto, capaz de engrandecer o homem de diversas formas - até porque somente dessa maneira é possível ganhar um presente genuíno da vida, a felicidade. Essa confunde-se com a paixão, que afaga o coração e faz sonhar. Junto da felicidade, a fidelidade e a pureza do amor transformam um homem. Vinicius foi um poeta apaixonado pelas palavras e pelos romances de sua vida. Sorriu e derramou seu pranto intensamente. Foi um eterno aprendiz em sua existência e nunca apagou sua chama pela ânsia de amar - imortalizou-a, amando.

Sem Chances

Ultimamente ele tinha frequentado meus pensamentos mais do que eu estava disposta a admitir. Mais do que eu gostaria. Eu simplesmente não podia. Não. Mas tinha uma enorme diferença entre meu "não poder" e meu "querer". Eu havia prometido a mim mesma que não amaria de novo. Nunca mais. Mas eu também queria mais do que tudo uma chance. A chance que eu nunca dei. A chance que nunca tivemos. (maio de 2014)