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Qual tua rua?

Porto Alegre é uma cidade tão querida! Costumava ser mais alegre, pois antes placas ilustravam suas majestosas ruas. Hoje essas são desconhecidas, porque não existem informações sobre seus nomes. A tecnologia ajuda vez ou outra através de serviços de mapas, mas as tradicionais placas, que nomeavam as ruas, sumiram. A prefeitura não age e tampouco se importa. Ela está estagnada no seu berço de ouro e confortável sem saber onde está. A falta de informações nas ruas aborrece os moradores de um lugar que já perdeu a identidade. Não sabe onde se pisa - talvez as novas tecnologias ajudem na localização do cidadão, mas é realmente necessário apelar para elas? Não é obrigação do governo manter a cidade organizada e com ruas nomeadas? É inegável a parcela de culpa dos cidadãos que depredam as placas que nomeiam as ruas. Infelizmente, ainda hoje, a brincadeira de mau gosto permeia a realidade da capital gaúcha. Os autores desses atos de vandalismo são os principais responsáveis pela

Inusitadamente Roubado

Os roubos estão se tornando muito comuns no nosso cotidiano. Quem assalta, deseja novos objetos a cada dia e eles são sempre de alto valor. Alguns exemplos são os celulares, os carros e demais automóveis, além do tradicional item, que é o dinheiro. Saí de casa numa manhã como qualquer outra, passando pelas mesmas ruas de costume. A caminho da escola, encontro um homem muito apressado com uma mochila gigante. Eu estava atrasada e precisei ir correndo. Quando percebi, tinha derrubado a sacola. Olhei para o rapaz na minha frente. Não sabia se pedia desculpas ou se juntava o que havia caído. A princípio, achei estranho. Alguns fios de cobres se espalharam pelo chão - algo nada convencional. A movimentação na rua veio em nossa direção. As pessoas gritavam e corriam desesperadamente. Após ter juntado suas coisas, o homem começou a andar rápido. Parecia bastante preocupado. Apareceu, então, uma mulher ao meu lado dizendo que aquilo era um assalto, um roubo. Primeiro, não entendi. Ela

Hospício

Vende-se meu hospício. Está escrito no ofício, Um louco vai comprar, Ficar e morar. Só espero que um dia, Não morra de tontura E sim de loucura, Pois esta é a cura. (outubro de 2012)

Não canso de decifrar-lhe.

Você é simples e previsível, consigo adivinhar seus movimentos. Sei exatamente quando você sai para encher a cara no bar e quando está compondo sonetos de amor. Consigo entender até mesmo o que você não fala. Identifico sinais de irritação apenas pela musicalidade da sua respiração. O problema disso é que virou amor... E eu aprendi a ler você. Você, provavelmente, nem imagina... (julho de 2015)

Eu naveg(ando)

Toda vez que em alguma coisa não posso pensar, Não penso. Meu cérebro tem ótimo bom-senso. Quando quer amar, Sabe que vai errar. Desiste então e recomeça a jogar. Entra na pista, E grita: Já cansei, vou acertar! Vê então que está prestes a velejar e a amar... De novo... ( maio de 2015)

Um Conto sobre Amor

E seria tudo isso medo de amar? Sempre me ensinaram que amar era bom. Dois seres no plural, uma explosão de sentimentos, um fervor inexplicável ao olhar a invisível perfeição no outro. Era impossível explicar, mas infinitamente mais difícil senti-lo. Doía não sentir. Era preferível que doesse sentir. Nunca apaixonei-me por alguém. Sempre soube que isso exigiria muito de mim. Bem, até hoje... Acho que credito meu medo de amar ao meu primeiro amor. Ele foi marcante e sufocante. Não foi recíproco, mas foi importante. Aprendi muito com ele e com o sofrimento que o seguiu. Minhas "pequenas paixões" sempre tiveram data de validade. Meus amores pelos cantores do momento duraram menos que suas aparições na mídia. Os fins foram constantes e as dores também. Corri do amor. Cansei. Faltou-me fôlego. Recuperei-me. Voltei para a corrida e ganhei-a. Por fim, senti algo indefinido. Sentimos, no plural, como um só. Vivemos cada segundo intensamente. Não nos apaixonamos, ma