Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo saudades

Beijo de Adeus

Não consigo encontrar palavras que consigam descrever tão bem a sensação do nosso último beijo. Da nossa despedida. De um novo começo.  Sinto sozinha a dor de ter perdido um amante e, acima de tudo, um amigo companheiro que estava sempre comigo. Já falaram que você era minha bengala; me dava suporte quando eu precisava e nunca me deixava cair. Mas eu posso afirmar que não foi só isso.  Eu consegui ser eu mesma sem me preocupar com nada. Abri mão do meu orgulho e fui quem eu nunca pensei que fosse ser — alguém melhor. Achei que tinha conseguido e que isso seria o suficiente para a construção do nosso “para sempre”.  Infelizmente, é como dizem: o “para sempre, sempre acaba”.  Os mil e um segundos do nosso último beijo também acabaram. Porém, a marca da saudade dos teus sorrisos e lábios macios vão permanecer para sempre...

A dor da verdade

Eu nunca vou ser tão feliz aqui quanto eu fui em New York. Aquele lugar respirava vida: novidade, inspiração e diversidade tudo em um só lugar. Constatar isso dói. É como se a verdade me desse um soco no estômago. Machuca. Sangra. Pior do que isso: é invisível. Ninguém enxerga que minha alma está pela metade — um pedaço de mim ficou na cidade que nunca dorme. Do lado de lá, eram fast-foods  por todos os cantos, carros buzinando loucamente e, claro, uma vida independente. Em NY, o medo de ser julgada não existia. Eu estava no meio de um cidade de 8,5 milhões de habitantes e não me sentia sozinha or trapped into my own misery. I was complete and I had control of myself.  Do lado de cá, me sinto rodeada de velhos e sucessivos fracassos, além de falsos sorrisos. Digo que está tudo certo, minto para mim mesma que as coisas vão melhorar. Porém, o tempo passa e nada muda. Não sou feliz aqui. Preciso fugir. Procuro desesperadamente meu cantinho de felicidade. Infelizmente, não tem f

Tristeza nova-iorquina

Não foi New York que me deixou despedaçada, muito menos a saudade de passear pela  Fifth Avenue  e pelo  Central Park . A grande responsável por isso foi a volta para a realidade. Foram as pessoas. Foi pior do que isso: foram eles, os “meus amigos”.  Lembrar que eu não era feliz, pois estava rodeada de gente fingindo ouvir e se importar com algo do que eu falo foi duro. Em NY, não precisei de ninguém e todas as pessoas que conheci me fizeram sentir livre e leve. Todos fizeram eu me sentir especial, desde o porteiro do  New York Times  aos meus colegas de inglês.  T o d o s . NO EXCEPTION. Este sentimento pode ter relação com a “mágica” inerente à cidade que nunca dorme: suas luzes e seus letreiros coloridos, suas sirenes e seus barulhos incessantes e, claro, aquele seu odor incomparável dos metrôs — o jeito New York de ser. Apesar disso tudo, eu sabia que, na verdade, era eu quem tinha mudado. Eu era uma pessoa diferente em NY e estava rodeada de novos sentimentos, sen

Visitante Diária

É estranho. É uma coisa que fica no passado, mas eternamente presente. Nas minhas memórias e no meu coração, andamos juntos lado a lado, esbanjando emoção. A saudade conversa diariamente comigo e diz saber como passar. Não acredito... Faz meses que ela me visita...

Velhas Amizades

Sim, eu me afastei. Sei bem disso. Esperava que você notasse ou viesse atrás de mim para ver como estou e porquê fiz isso... Tanto faz agora, ninguém tem muita certeza do que quer... Cada vez mais, percebo que é apenas uma daquelas velhas amizades, - as que acabam e chamamos de 'amigo' por comodismo, porque ainda resta um carinho grande para não ser mais nada.  Talvez eu exigisse demais e meu preço fosse alto - ninguém estava disposto a pagar. Agora, pago o preço da solidão e, quem sabe, de um orgulho ferido; eu queria ser procurada para tentarmos ajeitar as coisas. Não moveria um dedo por você; eu não faria o mesmo... Ou faria. Em segredo.  Por favor, não conte a ninguém que também sinto sua falta. Isso estragaria minha reputação de durona. Que pensem que não tenho sentimentos, mas que não pensem que aqui tem um coração que bate.

Amor vs. Amizade

Cheguei a uma conclusão: antes eu não precisava de um namorado, porque eu havia tudo. Tinha amigas presentes e que demonstravam se importar comigo... com elas eu me sentia completa, não sentia a necessidade de nada, só da presença delas. O tempo foi passando, eu me afastei, elas se afastaram; nos afastamos. Agora me sinto carente e precisando de alguém pra perguntar como foi meu dia, se preciso de algo, se quero um cafuné... talvez um amor me proporcione isso ou então uma amizade supra esse vazio.  Eu sinceramente não sei e gostaria de descobrir, mas junto das minhas antigas amizades, como se o tempo não tivesse passado e tudo continuasse igual...