Eu me questiono o que está no título deste texto todos os dias. Claro, a resposta ainda não existe. Friso o "ainda", pois espero que ela chegue até o fim da minha vida. Mas, na verdade, será que um dia ela vai existir?
Acredito que é importante pensar a respeito disso e refletir sobre os motivos que nos impedem de conquistar a felicidade plena ou mesmo de enxergar e viver pequenos e alegres momentos — leiam-se aqui frações de segundos em que comemos a nossa comida preferida ou conversamos com os nossos melhores amigos.
Se pararmos para pensar, isso por si só já é tudo que precisamos. Afinal, estamos acompanhados de pessoas importantes e queridas e podemos aproveitar o hambúrguer que tanto amamos junto com elas.
O problema é que nós complicamos a vida. Somos ambiciosos e queremos sempre mais. No fim, nos contentamos com o que não temos em vez de celebrar as nossas conquistas da forma que elas merecem. Em resumo: estamos a todos os momentos atrás da felicidade plena e deixamos de aproveitar o caminho até a sua suposta conquista.
Com o passar do tempo, tenho refletido cada vez mais sobre isso, pois sinto que o que eu faço diariamente é insuficiente para conquistar o que julgo ser difícil ou impossível. Acredito que me falta algo e que sou incapaz de conseguir o que eu realmente quero.
Também sou ansiosa e imediatista, então gostaria que tudo o que sonhei acontecesse de forma rápida e instantânea. Infelizmente, sei que não é assim... Contudo, transformo isso em um problema e não dou tempo para que as metas possam ser atingidas.
Assim, me sinto um falha, um fracasso e uma grande impostora e não sei se acredito mais nos meus sonhos de cinco anos atrás ou se algum dia já fui feliz.
(12 de agosto de 2020)
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