A informação é uma das maiores commodities hoje e é cada vez mais fundamental na economia e na política de uma sociedade. Por trás da disseminação desses dados, estão a internet e os seus usuários, que podem produzir e reproduzir conteúdos, conforme ideais e objetivos próprios.
Como exemplo de mau uso de informações, é possível citar o lançamento do aplicativo chinês Zao, que chamou a atenção do mundo no começo de setembro. O app, disponível apenas para a Apple Store do país oriental, utiliza a inserção de rostos dos users em atores e músicos famosos - tecnologia também conhecida como deepfakes.
A polêmica surgiu a partir da afirmação da empresa criadora MoMo, que pediu aos usuários que fizessem download de uma foto pessoal para os servidores da companhia a fim de que a sobreposição ocorresse. Além disso, afirmava ter permissão "gratuita, irrevogável, permanente e transferível", podendo utilizar esses conteúdos conforme entendesse, sem nenhuma proteção.
O aplicativo gerou bastante debate entre internautas e especialistas e levantou a questão da privacidade de cada um. Entre os questionamentos, estava a maneira que os usuários deixam rastros na internet e como as organizações podem se aproveitar disso, uma vez que têm a capacidade de coletar essas informações e utilizá-las até mesmo para influenciar eleições - como aconteceu nos Estados Unidos, em 2016.
É importante notar que, apesar da enorme quantidade de informação que existe atualmente, os internautas sofrem cada vez mais riscos de terem os seus dados utilizados para fins controversos. Para se proteger, a melhor opção continua sendo a leitura de todos os termos de compromisso - assim, as chances de você ser surpreendido por essa prática abusiva diminuem.
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