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A guerra não tem rosto de mulher

O protagonismo feminino na Segunda Guerra Mundial, ignorado pelos periódicos da época e pelos livros de história, é finalmente retratado em A guerra não tem rosto de mulher . Escrito pela jornalista ucraniana Svetlana Aleksiévitch, o livro traz as experiências, a dor e o sofrimento de franco-atiradoras, voluntárias, enfermeiras, soldadas e garotas que pilotavam tanque durante a disputa bélica. Através da humanização dessas mulheres, característica fundamental nas grandes reportagens, os relatos ganham vida. A narração é sensível e conta os bastidores de uma das suas principais batalhas: a aceitação da família e do exército de que eram capazes de combater os alemães e morrer pela nação soviética. Elas sabiam que precisariam renunciar algo, pois perseguiam um ideal. Mas estavam decididas e não mudariam de ideia. Queriam lutar. Porém, antes de partirem, precisaram medir as consequências dessa decisão e abrir mão de alguns desejos. Jovens de 16 e 17 anos tiveram que adiar o primeiro b

Artista, poetisa ou jornalista?

Costumava conquistar corações ao escrever, mas perdi essa essência. Joguei minha vida na mão do escapismo, pois ela era dura demais e eu não aguentava. Já f az um tempo que não escrevo pra valer. Não faço poemas, não apuro reportagens... Sinto falta de como as coisas eram. Mas eu só não consigo e não sei o porquê. Me dediquei ao máximo neste semestre e me esforcei para sobreviver à loucura que minha vida se tornou. Foi difícil. Mas deixei minha marca na faculdade. Já o resto... Acho que esqueceu meu nome. (julho de 2017)

A Despedida

Adeus. Goodbye. Farewell. Deixo aqui minhas doces palavras de arrependimento e saudade de um dia que passou. Voou. Evaporou. Hoje é lembrança, memória e ausência. Não existe mais. Não existimos mais. Nem eu nem tu, nem os amigos que fomos e tivemos. Tudo passou tão depressa. So fast ! Tentamos mudar, revogar nossas origens e despertar o melhor no outro - mesmo que isso não significasse a busca pelas nossas verdadeiras essências. O que nos resta agora é aceitar que chegou a hora mais temida. Precisamos nos despedir. Dias e pessoas melhores nos esperam - agora depende só de mim e de ti. Devemos nos abrir às possibilidades que vão chegar. Vida que segue. Um abraço apertado da tua Protagonista e um até logo, até um dia, quem sabe...

VAGA DE EMPREGO: OPORTUNIDADE ÚNICA

CONTRATA-SE UM AMIGO O penúltimo funcionário durou três anos no cargo. O último desistiu de enviar o currículo. Requisitos: Ser superficial e egoísta; Falar só sobre si mesmo; Não manter contato no dia a dia (chamar só quando convém e precisar de conselho); Falar que não tem tempo para "bobagens" dos outros; Não conciliar os amigos antigos com as novas amizades; Saber dar um "gelo" e só visualizar o que eu falo; Não dar bola para o que eu sinto. Softwares: Coração de pedra Adobe Fake Friend CONTRATAÇÃO IMEDIATA , pois não aguento mais sofrer e não ter com quem filosofar sobre a vida. Se alguém se interessar, o que considero difícil de acontecer, é só enviar o currículo e a pretensão salarial para mim pela rede social menos fútil que julgar, - provavelmente não acharás alguma, mas tudo bem. Sei que não encontrarei muitos amigos de verdade nesta estrada. Então estamos quites.

Coisa Poética de Ser & Escrever

Perdi meu lado poético, Não sei mais escrever. Chega a ser patético, Pois faço traços e rabisco: Uma folha em branco, um lead qualquer  Desejando tudo aquilo que um amor de verdade requer  –   Um beijo e um olhar sincero de quem me quer. Cansei do presente,  Pois só enxergo um povo demente   –   Sedento por cobranças   E alheio às mudanças. Por isso, precisei recorrer à mistura do gênero literário  Com o jornalismo de obituário  Para, no futuro, quem sabe,  Fazer uma denúncia de um político salafrário... Misturei ética Com beleza estética, Apenas para o poema criar, A fim de lembrar: Não importa a pauta e o tema, Estou aqui para rimar.

Faces da Verdade: qual é a sua?

O final de Faces da Verdade (original: Nothing but the Truth), obra cinematográfica fictícia inspirada em fatos reais, é brilhante e eu preciso começar contando-o – mesmo que os leitores detestem os spoilers . Somente nos últimos minutos, é revelada a fonte original do furo da repórter Rachel Armstrong, (Kate Beckinsale). A descoberta causa espanto e surpresa, pois a "vítima" é a filha da agente secreta da CIA, Erica Van Doren (Vera Farmiga), ou seja, é apenas uma criança! Ao descobrir isso, é preciso que o público questione até que ponto vão os limites éticos de um jornalista – é possível se envolver com uma fonte? No caso, Rachel seduziu e foi seduzida pela menina , que era colega do seu filho. Em um passeio escolar, auxiliando a professora, a repórter e a garotinha começam a conversar e, depois de um tempo, a pequena acaba falando mais do que deveria. Porém, não sabia que suas palavras virariam notícia. Estava Rachel sendo uma jornalista ou abusando de seu poder

Mídia e Sexismo na Cobertura da Olímpiada Rio 2016

(artigo feito originalmente em novembro de 2016 para a disciplina de Jornalismo Esportivo/FAMECOS/PUCRS) APRESENTAÇÃO Desde as primeiras edições da Olimpíada antiga, as mulheres sofrem com estereótipos e com preconceitos de fragilidade e de beleza, que ainda são perpetuados pela mídia. Embora os Jogos Olímpicos da Antiguidade tenham surgido em 776 a.C, somente em 1900 as representantes femininas participaram pela primeira vez. Na ocasião, foi possível competir em apenas dois esportes – o tênis e o golfe, por serem considerados “bonitos” e não precisarem de contato físico. Consideradas atletas extraoficiais, essas mulheres só recebiam um certificado de participação dos Jogos e não ganhavam coroas de oliveira como prêmio. Inicialmente, as modalidades eram disputadas pelos atletas das cidades-estado da Grécia para honrar os deuses, de quatro em quatro anos. Entretanto, as mulheres não podiam participar nem assistir a esse evento, pois, de acordo com os homens, não tinham aptidão p