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Autobiografia "oficial"

Posso dizer que as palavras me definem... Porém, não saberia quais utilizar. Sou um grande parêntese em aberto, assim como o meu futuro. A única garantia que tenho é que serei muito feliz. Mais do que sou hoje. Crescerei com os meus erros e aprenderei com eles a não tornar-me um.
Se fosse um texto com um mínimo de linhas, eu provavelmente mentiria a meu respeito, apenas para conseguir terminá-lo. Sendo o oposto disso, tentarei ser o mais honesta possível. Quem sabe, talvez, eu encontre algum novo adjetivo que me defina, escrevendo?
Quero conquistar o mundo encantando corações com as minhas palavras. Se me disserem que é impossível, direi que é mentira. Conseguirei o que quiser.
Tive inúmeros problemas que tornaram-me o que sou hoje. Cada qual teve sua importância e os guardo eternizados como aprendizados. Relembro-os diariamente nos meus pequenos avanços. Involuntariamente, eles fazem-me regredir... O medo de revivê-los é gigante.
Já sofri muito. Fui feita de reticências, pontos finais e vírgulas. Esperei por algo que se perdeu no tempo; terminei no fundo do poço com os fins de amizades e amores que ocorreram na minha vida; continuei acreditando nas mentiras que me falavam e deixava de fazer o que realmente queria pelos outros.
Se fosse necessário definir-me em cinco adjetivos, eu não conseguiria. Cinco é um número relativamente grande para quem não entende muito de matemática. É um infinito limitado. Dizem que sou criativa, espontânea, engraçada e única. Acho difícil definir-me apenas assim... Existem outras características que desconheço sobre mim. Talvez, um dia, eu as descubra. Por enquanto, sei que algumas levaram-me a lugares ímpares: sem minha teimosia e persistência, estaria presente no passado, revivendo-o.
Sempre me considerei uma incógnita misteriosa. Nunca consegui me resolver. Depois de algum tempo, desisti de tentar. Esperei que a vida me resolvesse. Fui um problema que saiu do papel e tornou-se maior do que qualquer capacidade matemática de alguém resolvê-lo. Tornei-me um não sei, e sem saber, alguém amou aquilo. Alguém apaixonou-se pela incerteza da vida... E eu apaixonei-me pela exatidão das palavras...
Vou protagonizar a minha vida e escrever ao mundo o valor de uma leitura, provar que nada nos limita, - apenas nós mesmos! Entretanto, tenho medo de ter ou não sucesso, porque ambos gerarão expectativas dos outros sobre mim. Sim, eu sou uma contradição. Poderia dizer que o talvez da vida motiva-me para buscar alguma certeza científica nessa longa jornada, mas o que me atrai é a procura por mim mesma... E pelos outros adjetivos que me definem e me tornam única.
Escrevi esse texto com a intenção de amar. Amar-me, acima de tudo por ser quem eu sou. Inconstante e imperfeita. Complicada e confusa. Desastrada e apaixonada pela vida e por tudo que ela me oferece. E acima de tudo, amar-me por ser A Protagonista da minha vida.

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